Rajadas de vento no mastro que geme…
as gaivotas na praia…
as vagas que sobem pelo casco acima…
o convés molhado lavado de espuma…
as gaivotas na praia...
alguém se passeia na tarde fria
o olhar aceso no tumulto das ondas…
o casaco apertado as golas para cima
os gritos que irrompem das asas… da bruma…
estremece a tarde…
…as gaivotas na praia…
(Clara Andrade)
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Luz
A luz que incide sobre o soalho…
aprisioná-la fragmento a fragmento
e lentamente
iluminar os lugares mais escondidos do tempo
e ofuscar os dias
em que os teus olhos abriam
buracos negros no meu peito...
aprisioná-la fragmento a fragmento
e lentamente
iluminar os lugares mais escondidos do tempo
e ofuscar os dias
em que os teus olhos abriam
buracos negros no meu peito...
Lugares Inventados
Viste as casas pintadas…
aprisionadas as paisagens de lume…
disseste: alguém sem alma libertou cada parede…
cada porta…
cada janela
e onde antes habitava o silencio vazio do nada
habita agora o ser metade touro metade homem
às voltas no seu labirinto.
as suas formas incendiadas mancham de luz
os meus olhos de herói encarcerado
no teu corpo de sol
e de lugares inventados.
há-de sucumbir o Minotauro
hás-de salvar-me o coração…
aprisionadas as paisagens de lume…
disseste: alguém sem alma libertou cada parede…
cada porta…
cada janela
e onde antes habitava o silencio vazio do nada
habita agora o ser metade touro metade homem
às voltas no seu labirinto.
as suas formas incendiadas mancham de luz
os meus olhos de herói encarcerado
no teu corpo de sol
e de lugares inventados.
há-de sucumbir o Minotauro
hás-de salvar-me o coração…
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